A cidade que cheirava à manga, há muitos anos exala o cheiro putrefato de esgoto. A pobre cidade rica tem comido o pão que o PSDB e PSOL amassaram.
A população parece ter se adaptado aos buracos e alagamentos. Uns reclamam daqui, outros dali; maldizem o executivo que estiver em exercício, mas, no dourado momento das urnas, a mesma história se repete, ou melhor, as mesmas caras. Nada de novo sob o sol escaldante com lapsos de chuva da provinciana Belém.
A gestão prossegue a mesma. A diferença, é claro, é que agora os belenenses e turistas poderão, quem sabe, contemplar os casarões do centro de bondinho, que promete reencarnar pela “milésima” vez.
Em meio à sujeira, ruas esburacadas, trânsito caótico e alagamentos, a atenção do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, tem estado voltada para a pequena locomotiva esquecida na Estação Gumercindo Rodriguez, batizada com o nome de seu avô. O projeto de partida se deu durante o segundo mandato de Edmilson e foi, então, freado por Dulciomar, em meados de 2005.
Ao menos, ninguém diga que o prefeito saudosista não tenha intenção de promover lazer na cidade, pauta sempre presente nos discursos da legenda. Prioridades.
Resgatar a história é válido quando as reais necessidades estão já supridas. Mas, venhamos e convenhamos, se Belém está fora dos trilhos, de que adianta bondinho?
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