A Suprema Corte dos Estados Unidos está ouvindo argumentos sobre uma lei do Mississipi que proíbe a realização de abortos após a 15° semana de gestação, um grande desafio à legislação Roe vs. Wade, de 1973, que tornou o aborto legal no país.
Dependendo da decisão do Supremo americano, a questão pode abrir precedentes em outros 22 estados que almejam a proibição da prática.
Com maioria de juízes conservadores (6×3), indicados por republicanos, ativistas estão apreensivos com a revisão da lei, que pode mudar a maneira com que o aborto é conhecido nos Estados Unidos há quase 50 anos, permitindo o aborto até a 24° semana de gestação.
Além do Mississipi, outras leis estaduais que desafiam a Roe vs. Wade são as do Alabama e, mais recentemente, do Texas. Desde setembro desse ano, é estritamente proibido o aborto após a 6° semana de gestação, quando os primeiros batimentos cardíacos do feto podem ser ouvidos. A legislação gerou grande repercussão, principalmente por excluir o direito de mulheres vítimas de estupro e incesto.
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