O jornalista Otávio Guedes, que integra a bancada do programa Estúdio I, da Globo News, fez uma dura crítica – durante o programa desta segunda (29) – a postagem em tom de deboche feito pelo perfil oficial do governo federal (@govbr).
A postagem, que faz menção ao combate à dengue, foi publicada horas depois da operação da polícia federal que teve como alvo Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo informações da Polícia Federal, Carlos Bolsonaro é “a principal pessoa da família que supostamente recebia informações de uma Abin paralela”. Ainda segundo a PF, o grupo que fazia monitoramento ilegal autoridades públicas e outras pessoas.
Na postagem da “campanha contra a dengue”, o governo escreveu: “Toc, toc, toc… Quando os agentes comunitários de saúde baterem à sua porta, não tenha medo, apenas receba-os”. Nos comentários do post, os usuários se dividiram entre apoio e críticas.
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, nega que o post infringiu “o princípio da impessoalidade” da administração.
Segundo Pimenta, a publicação atingiu seu objetivo de viralizar e ajudar na conscientização da população sobre procedimentos de prevenção à doença.
“O governo deve utilizar a sua comunicação institucional considerando todas as mudanças tecnológicas, todas as mudanças das formas com que as pessoas se comunicam e essa verdadeira revolução promovida pelas plataformas [de rede sociais]”, disse o ministro.
Paulo Pimenta foi acusado, pelo seu próprio primo, Antônio Mário Pimenta, de ser operador de um sistema de fraude que lesou diversos produtores rurais na cidade de São Borja em danos de pelo menos R$12 milhões de reais, em 2019.
Arrozeiros que trabalham na cidade afirmam ter sofrido um golpe após a venda da produção para uma arrozeira. Eles entregaram os cereais, só que não receberam nenhum pagamento.
Agropecuarista, Odon Motta dos Santos procurou o administrador da empresa na época, Antônio Mário Pimenta, que informou que Paulo Pimenta era o verdadeiro dono do negócio.
Paulo Pimenta é investigado no Supremo Tribunal Federal desde 2012 pelo crime de estelionato. Segundo a Procuradoria-Geral da República, existem indícios que apontam o deputado como verdadeiro proprietário da arrozeira em questão, ou, ao menos, responsável em algum grau pelas fraudes noticiadas.
Assista o vídeo abaixo:
Comentários