Na tarde desta quarta-feira (15), os suspeitos pela morte do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos, e do jornalista britânico Dom Phillips, de 57, confessaram o crime.
Oseney da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo Costa de Oliveira, confirmou ter participado do assassinato dos ativistas. O depoimento foi dado na sede amazonense da Polícia Federal. O primeiro a ser detido foi Amarildo, em 8 de junho, três dias após o desaparecimento. O segundo suspeito de participação nos desaparecimentos, Oseney, foi capturado nesta terça-feira (14).
Segundo relato, os irmãos decidiram matar o indigenista e o jornalista após serem flagrados praticando pesca ilegal. Os ativistas teriam sido queimados e esquartejados, ainda de acordo com Oseney da Costa.
No último domingo (12), a Polícia Federal informou que encontrou um cartão de saúde, uma calça, um chinelo e um par de botas pertencentes ao indigenista em uma mochila encontrada durante a tarde. No local, também estavam um par de botas e uma mochila com roupas de Dom Phillips.
Ainda hoje, a Polícia Federal deve fazer uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes sobre os desdobramentos do caso e sobre os resultados dos exames periciais que estavam sendo feitos nos materiais orgânicos encontrados no Rio Itaquaí.
Bruno Pereira e Dom Phillips estavam na região do Vale do Javari, no Amazonas, realizando entrevistas para um livro sobre proteção ambiental. Eles foram vistos pela última vez no dia 5 de junho, embarcando para Atalaia do Norte, onde nunca chegaram. Poucos dias antes, o indigenista havia relatado ter recebido ameaças de morte de pescadores e caçadores ilegais da região.
Comentários