Depois de estrear no sábado, 21, o filme Top Gun: Maverick se tornou alvo de ataques de críticos de cinema brasileiros. Os críticos acusam que no filme há “masculinidade excessiva” e “testosterona demais”.
Em um site especializado chamado Omelete, o crítico Marcelo Hessel disse que Top Gun: Maverick é voltado essencialmente para o público masculino “na faixa dos 40 anos”. O filme não teria interesse em atingir o público mais jovem de hoje, porque “chega pronto para atender a essa demografia emasculada, que perdeu suas convicções para o discurso identitário no novo milênio”.
Guilherme Genestretti, do jornal Folha de S.Paulo, argumentou que a produção “faz ode à testosterona e ignora qualquer aceno ao feminismo”. Para defender a sua teoria, o escritor garante que até as aeronaves têm formato fálico.
“Temos uma pilota no time, mas, no fundo, quem prevalece mesmo são aqueles rapazes pilotando aviões como se fossem suas extensões fálicas e disputando quem é o melhor”, escreveu Genestretti. “Estão ali os roncos dos motores, os óculos de aviador, as jaquetas verde-musgo e as motocicletas rodando (…) Mais sinais óbvios de exaltação à potência masculina, impossível.”
Na semana passada, o famoso Festival de Cannes, na França, exibiu a produção que conta com Tom Cruise como o protagonista para um público limitado.
Tom Cruise defende Top Gun: Maverick
Ao ser perguntado sobre como seria o filme, Tom Cruise disse que manteria o espírito da produção original. “Qual é a história de Maverick 30 anos depois? Porque ele não muda. Ele é aquele mesmo cara e ponto final”, disse.
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