Durante uma transmissão de live nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez um pedido veemente à Petrobras. O presidente pediu para que a estatal diminua sua margem de lucro que, segundo Bolsonaro, é um “absurdo” e um “estupro”, e, além disso, fez um apelo para que não haja novos aumentos nos preços.
“Eu não posso entender a Petrobras faturar horrores durante a crise da pandemia e agora guerra lá fora. O lucro da Petrobras é maior com a crise. Isso é um crime, é inadmissível. Eu posso estar equivocado, mas não consigo entender. Quem paga a conta desse lucro é a população brasileira”, declarou.
“O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais o preço dos combustíveis”, acrescentou. Bolsonaro também reafirmou que não vai interferir na estatal e disse que um eventual reajuste no valor dos combustíveis pode quebrar o Brasil.
Bolsonaro lembrou da greve dos caminhoneiros que parou o país em 2018, no governo de Michel Temer, e alertou que pode haver uma “convulsão” caso haja novo aumento no preço do diesel.
“A gente apela para a Petrobras, não reajustem o preço dos combustíveis. Vocês estão tendo um lucro absurdo”, disse o presidente na transmissão ao vivo por redes sociais.
“Se continuar tendo lucro dessa forma, aumentando o preço do combustível, vai quebrar o país… se tiver mais um aumento de combustível, pode quebrar o Brasil. E o pessoal da Petrobras não entende ou não quer entender, ou só estão de olho no lucro.”
Enquanto Bolsonaro fazia um apelo à empresa, a estatal divulgava um lucro líquido de 44,56 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano. Em comunicado, o presidente-executivo da estatal, José Mauro Coelho, afirmou que os resultados da petroleira geram “retorno importante para o acionista, em especial a sociedade brasileira, representada pela União”.
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