Passou a valer desde segunda-feira (14) o reajuste de 6,5% no preço das viagens de Uber em todo o país. A medida foi tomada devido a alta no preço da gasolina que está assustando os motoristas cadastrados nas plataformas de mobilidade. Segundo a Uber, o reajuste será repassado integralmente para os parceiros e deve ser aplicado no preço final das corridas.
De acordo com o comunicado da empresa, a medida é uma resposta direta ao gasto maior que os motoristas vêm tendo com o preço alto da gasolina em todas as regiões do Brasil. A iniciativa é, também, parte de um pacote de auxílio aos parceiros no valor de R$ 100 milhões, que quer ajudar a diminuir os custos e aumentar os ganhos para o motorista.
“Sabemos que motoristas estão entre os primeiros a sentir o impacto dos preços recordes dos combustíveis, então estamos implementando essas iniciativas para ajudá-los”, informou a empresa.
As medidas não estão sendo aplicadas apenas no Brasil; nos EUA e no Canadá (que também estão sofrendo com o aumento do combustível devido as sanções da Rússia e a crise com a guerra na Ucrânia) também estão sendo aplicadas em cada viagem do app, em uma taxa que varia de US$ 0,45 a US$ 0,55.
“Esperamos que essas ações emergenciais colaborem para reduzir os impactos no dia a dia, mas continuaremos ouvindo nossos parceiros, especialmente neste momento”, afirmou Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil, em comunicado.
99 adotou medida semelhante
A concorrente direta da Uber já havia anunciado uma medida semelhante na última semana. De forma temporária, a empresa vai aumentar o repasse para os motoristas para 5% do valor por quilômetro rodado. O aumento na porcentagem quer ajudar no impacto da alta de combustíveis para parceiros da plataforma.
“A plataforma registrou um aumento de demanda acentuado pela flexibilização das regras de isolamento social. A intenção é dar mais proteção aos nossos motoristas parceiros contra as oscilações nos preços dos combustíveis.”, afirmou Thiago Hipólito, diretor sênior de operações da 99.
Segundo a 99, o repasse de 5% a mais para os parceiros não incidirá no preço das corridas, ou seja, os usuários do aplicativo não serão prejudicados. A empresa afirmou que deve estudar formas de amenizar o gasto dos motoristas com diferentes iniciativas dentro da companhia.
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