O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tem vendido milhares de bonés mensalmente. Passa de 3 mil o número dos acessórios comprados em todo o Brasil. O movimento tem uma rede de quase 30 lojas chamada Armazém do Campo, que comercializa o artigo em 13 Estados, mais o Distrito Federal. Os preços variam de R$ 25 a R$ 60, a depender do modelo escolhido.
O movimento estima que os números sejam ainda maiores, já que a confecção e a venda dos itens é descentralizada e também acontece fora das lojas do Armazém do Campo.
Os bonés têm virado motivo de polêmica nas redes sociais após uma usuária criticar as pessoas que os utilizam sem fazer parte do MST, como “acessório de balada”. O movimento avalia positivamente o uso dos bonés por diferentes grupos sociais, pois “expressa apoio e dissemina a causa”.
“Nós nos orgulhamos quando vemos pessoas que não são do MST utilizando os nossos símbolos, nossos bonés, camisetas e bandeira. Sabemos que utilizar esses símbolos é assumir um compromisso na sociedade e dizer ocupa tudo, é dizer pedagogicamente que as conquistas só são arrancadas através da luta e da organização”, disse Kelli Mafort, da direção nacional do MST, ao site oficial do movimento.
Desde o início da polêmica, o site Armazém passou a vender cerca de 300 bonés por dia. O acessório no modelo “clássico” custa 25 reais.
Nas redes sociais, militantes de esquerda atacaram o movimento, em virtude de o MST estar “se deixando levar pelo capitalismo”, ao permitir que qualquer um compre os objetos, o que estaria banalizando a “luta pela reforma agrária”.
Com a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018, o movimento registrou crescimento de 50% na venda de bonés. O negócio lucrativo levou o movimento a diversificar o produto, com versões para crianças e também para LGBTs.
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