O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa de Renato Freitas, vereador do Partido dos Trabalhadores (PT) que invadiu a Igreja Católica Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, e diz que ele tem de ser perdoado.
Segundo Lula, Renato errou e precisa se retratar. “Por ser jovem, esse menino cometeu um abuso. Ele tem o direito de pedir desculpas e de ser perdoado”, disse Lula.
O ex-presidente afirmou que o PT irá se articular na Câmara Municipal em prol do vereador. “Nós vamos te defender”, garantiu. “Não vamos querer que você seja cassado. Não vamos permitir que a direita conservadora da Câmara te casse.” Lula considerou o acontecimento de invasão como um “deslize político”.
Lula disse que Freitas deveria ter adotado outras estratégias, como pedir para o padre “rezar uma missa para o povo negro” ou enviar um ofício pedindo que a igreja tenha “um, dois padres negros”. “O que não tem sentido é invadir a igreja, transformar um templo religioso em um lugar de protesto”, enfatizou.
Lula também fez um pedido ao vereador “Peça desculpas ao povo do Paraná, peça desculpas ao PT, peça desculpas aos padres, aos religiosos”, e disse que estava falando “como um pai fala para o filho”, durante entrevista à rádio B na última terça-feira (15). Atualmente, Freitas é alvo de quatro pedidos de cassação.
Relembre o caso:
PARANÁ – O vereador Renato Freitas (PT-Curitiba) liderou um grupo invasor que ocupou um templo católico, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, no sábado (5) deste mês.
No momento da invasão acontecia uma missa e o motim, que portava, bandeiras do PT e do PCB, interrompeu, abruptamente, o sermão do padre. Os manifestantes gritavam e ofendiam fiéis – muitos deles, idosos. “racistas!, fascistas!”, exclamavam eles.
O padre fez pedidos ao grupo para que o permitissem continuar dirigir a cerimônia, mas não obteve êxito. Os manifestantes acusavam os presentes de fomentarem o racismo e a violência. “[vocês colocaram] um policial no poder”, protestava o grupo em referência ao presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o vereador, a invasão foi a forma que encontraram de protestar contra a morte do congolês Moïse Mugenyi, no Rio de Janeiro. Para ele, a igreja colabora para esse tipo de situação acontecer no país.
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