Quatro toneladas de cocaína foram apreendidas pela Marinha da Colômbia, em um submarino de 15 metros de comprimento, ao sul do Oceano Pacífico. O barco semissubmersível seguia para a costa da América Central quando os criminosos que estavam a bordo foram presos .
O submarino foi levado para o cais da guarda costeira da cidade colombiana de Tumaco. Testes feitos na mercadoria confirmaram que a substância transportada era cocaína. A Marinha da Colômbia disse que a droga pertencia a um grupo dissidente das Farc e está avaliada em US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 800 milhões de reais).
Os chamados “narcossubmarinos” não são usados apenas para percorrer pequenas distâncias, essas embarcações artesanais que são construídas com fibra de vidro e conta com uma bússola têm sido utilizadas pelo tráfico para cruzar o Atlântico em direção à Europa.
A primeira captura desse tipo foi realizada em 2019, na costa da Espanha. O submarino havia percorrido mais de seis mil quilômetros da América do Sul até a Europa. A bordo havia mais de três toneladas de cocaína e três pessoas que dividiam um espaço de pouco menos de 2 m2 por quase um mês.
Pelo material usado na construção, que dificulta a detecção por equipamentos, e pelo modo de navegação em meio às ondas, os narcossumarinos se tornaram um desafio para as polícias de todo o mundo.
“A apreensão afeta consideravelmente as finanças dos dissidentes das Farc“, afirmou o vice-almirante da Marinha colombiana, Francisco Hernando Cubides Granados.
“Não estão mais recebendo US$ 150 milhões. Esse dinheiro é usado para financiar a compra de armas, a mineração ilegal e a criminalidade na área do Pacífico colombiano”, disse o vice-almirante. A Colômbia, por mais que lute há décadas contra o narcotráfico, continua sendo um dos maiores produtores e exportadores mundiais de cocaína.
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