De acordo com a declaração do senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, a bancada do PT – na Câmara dos Deputados – entrou com um pedido de cassação do mandato de Kim Kataguiri (DEM-SP) junto ao Conselho de Ética da Casa. A ação se deu nesta quarta-feira (9). O senador é quem assina o documento.
Segundo a bancada petista, a medida é uma resposta ao parlamentar que naturalizou o nazismo durante sua participação no Flow Podcast, quando esteve ao lado de Tabata Amaral (PDT-SP) sendo entrevistado por Bruno Aiub (Monark) desligado do programa após a repercussão da polêmica envolvendo o tema nazismo. Bruno defendeu o direito de haver partido nazista de forma legal no Brasil, se baseando na livre expressão.
“É inaceitável que alguém eleito pelo voto defenda o nazismo, um regime que matou mais de seis milhões de judeus. Quem jura defender a Constituição não pode ultrajar, exaltando sistemas genocidas, valores que para ela são sagrados, como a dignidade humana e o direito à vida”, publicou Humberto no Twitter.
Investigação na PGR
Nessa terça-feira (8), o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de investigação contra o youtuber Monark e Kim kataguiri por possível apologia ao nazismo.
Como o parlamentar goza de foro privilegiado, a PGR afirmou que o caso será analisado pela assessoria criminal do gabinete de Aras.
Deputado se defende
Kataguiri reagiu à notícia da abertura da investigação e cutucou o procurador-geral, dando a entender que Aras faz “vista grossa” para supostos crimes que envolveriam o presidente Jair Bolsonaro, enquanto se incomoda com crimes “que não ocorreram”.
“Quando há claros indícios de crime cometido pelo presidente da República, Augusto Aras nada faz. Porém, diante de uma conduta claramente de mero debate em um podcast, Aras age rapidamente — e com inquestionável cunho político para perseguir minha conduta de oposição ao governo. […] Não há nada de criminoso em defender que o nazismo seja repudiado com veemência no campo ideológico para que atrocidades que conhecemos nunca sejam cometidas novamente”, publicou o deputado.


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