O Sindicato dos Médicos do Pará publicou, neste domingo (26) um banner “agradecendo” , em tom irônico, a forma com que o governo tem tratado a classe. Segundo o sindicato, Helder Barbalho foi o único governador do país a não receber médicos para tratar das questões salariais que seguem pendentes.
“Somos heróis para trabalhar e morrer, mas não somos heróis para receber salário digno”, diz trecho do banner.

Entre os comentários de “agradecimento”, os médicos apontam a falta de reajuste salarial e de um plano de cargos, além de mencionarem, também, que o governo suprimiu seus direitos. No mês passado, o Questiona Brasil divulgou denúncias que diversos profissionais publicaram em suas redes sociais, cobrando de Helder pagamentos aos que estiveram na linha de frente durante a pandemia. Os médicos acusaram o governador de ter dado “calote salarial” em profissionais que trabalharam no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci. O caso foi levado ao Ministério Público do Pará.
Há de ressaltar, inclusive, que o hospital, que há pouco tempo foi cenário de um incêndio causado, segundo investigações policiais, por explosões em um gerador, é uma das instituições geridas por OSs que têm estado sob inúmeras denúncias. O SINDMEPA circulou um informativo no início deste mês, alegando que o Abelardo Santos está sendo administrado de forma negligente, a iniciar pelas supostas contratações de médicos sem CRM, o registro do Conselho de Medicina e o RQE, registro de qualificação de especialista. Além de, claro, atrasar ou tentar diminuir salários acordados com os profissionais que, também reclamam da falta de estrutura e equipamentos do hospital.

Não fosse o bastante, em uma nova denúncia, os médicos também afirmam que empresas de mídia da região metropolitana de Belém, que trabalham com outsdoors, se negam a publicar peças que contenham mensagens de reivindicações relativas ao governo de Helder.
Até o momento, Helder Barbalho não se pronunciou sobre as constantes manifestações públicas que o SINDMEPA e seus associados têm publicado contra sua gestão nas redes sociais. O caso segue estático até então.
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