Na noite dessa quarta-feira (8) o Senado americano aprovou uma resolução para barrar o decreto de vacinação contra a Covid-19, proposto pelo governo Biden, que obriga a imunização de funcionários públicos e de empresas privadas com mais de 100 trabalhadores.
Com votação apertada (52×48), mas acima da maioria simples necessária, votaram a favor da medida todos os senadores republicanos, além dos democratas Jon Tester e Joe Manchin.
A resolução agora segue para votação na Câmara, onde deve enfrentar grande dificuldade para ser aceita. Mesmo sendo aprovada na Casa, a medida precisaria de uma grande quantidade de votos, algo muito acima do esperado pelo Congresso para se tornar imune ao veto de Biden, que receberá o texto em sua mesa caso passe pela Câmara.
Segundo a minoria no Senado, não só esse, como também outros decretos de vacinação impostos pelo governo Biden são inconstitucionais, representando um abuso de poder por parte do presidente.
“Este voto bipartidário é uma mensagem clara para a Casa Branca: afaste-se e pare com esse exagero federal louco, imediatamente”, afirmou o senador republicano Mike Braun, autor da resolução.
“Quero sair do roteiro por um segundo e enfatizar o quão importante é a vacina, especialmente doses de reforço contra a variante Ômicron”, disse Roger Marshall, senador republicano, pouco antes da votação. “Mas o tiro vai sair pela culatra. As pessoas que até agora não receberam a vacina, não o farão até que esta Casa Branca reconheça a imunidade natural”.
Já para os senadores democratas, as ações do partido Republicano estão apenas fortalecendo movimentos anti-vacina no país.
“Os republicanos sabem que, quando descem ao plenário e atacam os decretos da vacina, dia após dia, estão alimentando o fogo da campanha anti-vacinas. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. Isso é perigoso”, afirmou o senador democrata Chris Murphy.
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