Segundo o relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia) divulgado nesta quarta-feira (27) que além de mostrar dados sobre o impacto da pandemia na saúde do brasileiro, mostrou também um levantamento sobre cigarros eletrônicos.
Os cigarros eletrônicos variam conforme o modelo, mas em geral são aparelhos de 5 a 10 cm semelhantes a um pen drive abastecidos com líquidos contendo nicotina. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária avalia neste ano se altera a regulação que barra os cigarros eletrônicos. A área técnica do órgão sugeriu que seja mantida a proibição.
Segundo a pesquisa, 1 em cada 5 jovens no país usa cigarro eletrônico , ou seja, cerca de 19,7%. O maior uso está entre os homens de todas as faixas etárias. O índice dos homens é de 10,1% contra 4,8% entre as mulheres. A região que mais faz uso dos “pods” é a região Centro-Oeste com cerca de 11,2% da população.
A pesquisa é resultado de 9.000 entrevistas feitas com pessoas pelo telefone por todo o país. Além de dados sobre saúde mental e dispositivos eletrônicos de fumo, o estudo também abordou depressão, alcoolismo, tabagismo, hábitos alimentares e sedentarismo, além de mostrar como a pandemia afetou o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis no país.
Tabagismo e narguilé
Na comparação entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre deste ano, o número de tabagistas na população brasileira se manteve estável: foi de 14,2% para 12,2%. A região Norte foi a única que apresentou queda: de 12,1% para 8%. Já outro dado inédito da pesquisa foi de uso de narguilé entre a população brasileira.
O estudo mostrou que a taxa de experimentação de narguilé entre os jovens de 18 a 24 anos é de 17%. Entre homens, 9,8% afirmam terem consumido, contra 5% das mulheres entre todas as faixas etárias da pesquisa.
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