O empresário bilionário Elon Musk anunciou nesta segunda-feira (25) a compra de 100% do Twitter após semanas de negociações. Estima-se que o valor total da compra seja de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 214 bilhões). Com a aquisição, a companhia deixará de ter ações negociadas na bolsa, e se tornará de capital fechado.
O negócio ainda está sujeito a aprovações regulatórias. O comunicado da empresa espera que o processo da compra seja finalizado ainda neste ano.
“Liberdade de expressão é a base do funcionamento da democracia, e o Twitter é a praça de discussão digital, onde são debatidos os assuntos vitais para o futuro da humanidade”, disse Musk em comunicado. “Também quero tornar o Twitter melhor ao aprimorar o produto e acrescentando novos recursos”.
Musk ainda disse que quer tornar público os algoritmos da rede, para que as pessoas confiem mais na plataforma, e quer combater bots (robôs ou usuários de comportamento automatizado) que semeiam spam.
Num primeiro momento, o conselho de administração do Twitter (grupo de diretores com poder de decisão na plataforma) se posicionou contra a oferta — inclusive, adotaram uma estratégia chamada “pílula venenosa” para dificultar a aquisição. No entanto, acabou prevalecendo a decisão da maioria dos acionistas.
Pelo acordo, os acionistas vão receber US$ 54,20 em dinheiro por cada ação comum, o que significa um prêmio de 38% sobre o preço dos papéis em 1º de abril. Após o anúncio, as ações da companhia operam em alta de 6% no mercado.
Parag Agrawal, CEO atual a rede social, também adotou tom otimista para falar do momento. “O Twitter tem um propósito e relevância que impacta todo o mundo. Estou profundamente orgulhoso de nossas equipes e inspirado por um trabalho que nunca foi tão importante”, afirmou Agrawal.
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