O presidente Jair Bolsonaro (PL) repudiou por meio de suas redes sociais, nesta última quarta-feira (9), a ideologia nazista, assim como outras ideologias totalitárias que coloquem em risco “os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos”. O chefe do Executivo federal citou como exemplo o comunismo que, segundo ele, deve ser combatido.
O posicionamento do presidente ocorreu após o caso envolvendo o youtuber Monark que, durante o podcast Flow, defendeu a existência legal de um partido nazista no Brasil.
“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade”, escreveu Bolsonaro.
De acordo com o chefe do Executivo, o fato de uma “ideologia repugnante como a nazista” ter deixado milhões de mortos exige extrema responsabilidade no momento de tratar do tema, “não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização”. “Não se combate uma injustiça com injustiças”, complementa.
Sem citar nomes, Bolsonaro afirma que pessoas “na busca implacável pelo poder” banalizam o nazismo, instrumentalizando a sensibilidade humana para “praticar exatamente aquilo que dizem combater, assassinando reputações e destruindo pessoas.”
Bolsonaro também lembrou da atual relação do Brasil com Israel e disse ter orgulho de ser o presidente que ”mais aproximou” o Brasil dos judeus ao intensificar relações bilaterais com Israel e apoiar a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA).
“Reitero todo nosso apoio ao povo judeu, que hoje sofre não só com as cicatrizes deixadas pela história, mas também com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave, rotulando tudo e todos na ânsia de conquistar ainda mais poder e controle sobre as pessoas”, continuou.
Ao final da publicação, o presidente afirmou que o povo brasileiro é maravilhoso e acolhedor e também ressaltou a diversidades das famílias.
“Em uma família brasileira há mais diversidade do que em qualquer nação no mundo. O Brasil nunca terá solo fértil para o totalitarismo porque o amor pela liberdade corre em nossas veias. Quem deseja o contrário está do lado errado”, escreveu.
O comandante do Palácio do Planalto finalizou dizendo que é de interesse do governo “que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis”.
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