O norte-americano, Mark Zuckerberg, e fundador do facebook, está perdendo US$ 29,3 bilhões (R$ 155,4 bilhões) de sua fortuna. O Facebook registrou uma perda de usuários pela primeira vez em sua história, segundo o balanço divulgado recentemente.
Pelo menos 500 mil usuários foram perdidos por dia no último trimestre de 2021. Isso significa que a rede social foi de cerca de 1,930 bilhão de usuários diários para 1,929 bilhão. Uma diferença que pode não parecer tão grande assim, mas que impacta diretamente os negócios e a visão dos analistas de mercado.
Ainda mais se for levado em conta que este foi primeiro resultado divulgado após o Facebook mudar oficialmente seu nome para Meta e anunciar, de vez, sua entrada no metaverso.
A queda de usuários, teve impacto direto na desvalorização das ações, e impactou diretamente na fortuna de Mark Zuckerberg, que perdeu US$ 29,3 milhões de seu patrimônio, deixando, temporariamente, a lista das dez personalidades mais ricas do mundo, de acordo com a Forbes. Com a desvalorização, o patrimônio de Zuckerberg ficou em US$ 85,1 bilhões.
A empresa estima que sua receita nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano fique entre US$ 27 bilhões e US$ 29 bilhões. Os analistas esperavam, no mínimo, uma projeção de US$ 30 bilhões.
As declarações de Mark Zuckerberg aos investidores durante a divulgação dos resultados também colaboraram para a queda do valor das ações e sinalizam a situação desafiadora que a empresa vivencia.
O fundador do Facebook destacou as ameaças que se apresentam no horizonte da empresa, como a migração do interesse dos usuários para plataformas de vídeos curtos, como o TikTok, a dificuldade de monetizar o Reels, ferramenta lançada no Instagram para fazer frente à concorrência do app chinês, e as novas políticas de privacidade da Apple, que deixou de compartilhar automaticamente com os aplicativos parceiros, como o Facebook, os dados de seus usuários sem autorização prévia.
Outro ponto que causa incertezas nos acionistas, de acordo com a imprensa internacional, é o grande investimento da companhia, divulgado no ano passado, para a construção do metaverso – que não deve gerar resultados a curto prazo.
Em outubro de 2021, a Meta anunciou que destinaria, no mínimo, US$ 10 milhões na criação de seu próprio metaverso. Os valores serão direcionados para o Facebook Reality Labs, pilar da empresa dedicado a desenvolvimento de hardware, software e conteúdo de realidade aumentada e realidade virtual. Antes disso, a Meta já havia declarado ao mercado que aplicaria cerca de US$ 50 bilhões em um fundo para o desenvolvimento de um ambiente digital colaborativo.
Além da questão financeira, a big tech também enfrenta preocupações em relação a sua imagem pública. No ano passado, Frances Haugen, ex-funcionária da companhia, contou à mídia e ao governo sobre situações que teria vivido na Meta. Segundo ela, diretores da companhia tinham conhecimento, por exemplo, de estudos que apontavam os efeitos negativos do Instagram nos jovens e não fizeram nada para corrigir a situação.
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