O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica a guerra comercial com a China ao anunciar um aumento significativo nas tarifas. Além de ampliar os ataques direcionados a Pequim, o republicano também decidiu suspender as cobranças e estabelecer uma tarifa de 10% para o resto do mundo. O comunicado foi feito por meio de uma postagem em sua rede social, Truth Social.
Devido à falta de respeito da China em relação aos mercados globais, Trump anunciou um aumento nas tarifas dos EUA para a China, chegando a 125%, com efeito imediato. “Espero que, em breve, a China perceba que os dias de explorar os EUA e outros países não são mais viáveis nem aceitáveis”, escreveu o presidente.
Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, informou que a tarifa sobre o restante do mundo seria reduzida para 10%, o que foi interpretado por alguns como uma redução significativa.
“Além disso, mais de 75 países entraram em contato com representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para discutir soluções sobre questões comerciais, barreiras, tarifas, manipulação cambial e outras tarifas não monetárias. Esses países, seguindo minha recomendação, não retaliaram de maneira alguma contra os EUA. Por isso, autorizei uma PAUSA de 90 dias, durante a qual a tarifa será reduzida para 10%, com efeito imediato”, completou Trump.
Essa estratégia foi vista como uma tentativa de dividir os governos internacionais, dificultando a formação de uma aliança global contra os Estados Unidos. No entanto, Trump não mencionou os países que haviam se comunicado. A pausa se refere apenas às tarifas recíprocas, e não às impostas sobre o aço e carros.
A medida foi interpretada por analistas financeiros como um sinal de recuo de Trump, diante do colapso das bolsas e das pressões exercidas por grandes empresários americanos. Horas antes, o presidente havia celebrado a implementação das tarifas e incentivado investimentos no setor privado nos Estados Unidos.
O governo brasileiro, por exemplo, informou que entrou em contato com a Casa Branca no mesmo dia em que as tarifas foram anunciadas e que manteria “canais abertos” para seguir negociando com os EUA na semana seguinte. Durante o anúncio, tanto o governo brasileiro quanto o setor privado buscavam confirmar se estavam entre os países que ficariam isentos de novas taxas.
Fontes governamentais indicam que o Brasil continuará sendo taxado a 10%, conforme sugerido pela declaração de Trump, que se refere à suspensão das tarifas mais altas. Porém, no Palácio do Planalto, a orientação é aguardar a publicação oficial da nova tabela. O setor privado também acredita que a tarifa anunciada permanecerá a mesma.
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