O Comitê de Política Monetária do Banco Central deve anunciar nesta quarta-feira (19) a elevação da taxa Selic em um ponto percentual pela terceira vez consecutiva. A medida tem a intenção de segurar a inflação. Os juros devem subir, acreditam os analistas, de 13,25% para 14,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2016.
Também nesta quarta, o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, deve anunciar a manutenção dos juros na atual faixa de 4,25% a 4,5% pela segunda vez consecutiva. Essa é a expectativa em meio às incertezas sobre a economia americana por causa das medidas do governo Donald Trump.
Na véspera desta ‘superquarta’, o dólar fechou em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,67. Foi o menor patamar para a moeda norte-americana desde outubro do ano passado. Já a Bolsa de Valores de São Paulo subiu 0,48%, a 131 mil 474 pontos.
Além das decisões dos juros, os investidores repercutiram o envio ao Congresso do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O Legislativo já se mobiliza para evitar que a proposta afete estados e municípios. Isso porque, do dinheiro arrecadado pela Receita Federal, metade vai a estes entes federativos, incluindo o Distrito Federal.
Líderes ouvidos pela CBN dizem que o Congresso não é contra a isenção, mas indicam que devem apresentar uma emenda para preservar os cofres estaduais e municipais.
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil, o texto prevê descontos para quem ganha até R$ 7 mil. A medida vai custar quase R$ 26 bilhões. Por isso, o governo propõe taxar de forma escalonada quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.
Para essas pessoas, a alíquota mínima será de 0,83%. A alíquota sobe até chegar aos que ganham mais de 100 mil reais por mês, que terão que pagar 10% de imposto. Não entram nessa conta os celetistas, que já pagam alíquota do Imposto de Renda, nem mesmo aqueles que acabam ganhando mais de R$ 50 mil com bicos ou aluguéis.
Serão taxados apenas os rendimentos que hoje são isentos. Um exemplo são os dividendos – lucros de uma empresa distribuídos aos acionistas. Esse é o ponto mais polêmico da proposta.


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