Um falso entregador tentou dar um golpe de R$ 2 mil, mas ele não contava que a vítima era mais esperta. Um estudante de 22 anos, ao perceber a ação do suposto prestador de serviço, “roubou” a maquininha de cartão dele e, minutos depois, conseguiu estornar o valor. O bandido conseguiu fugir.
A ação ocorreu na região de Perdizes, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo, na última sexta-feira (7). O jovem contou que suspeita na possibilidade de o falso entregador fazer parte de uma quadrilha de golpistas. Isso porque quem indicou o profissional foi o técnico contratado, via plataforma de reparos, para consertar o interfone do condomínio onde mora.
O rapaz acredita que o técnico e o entregador façam parte do mesmo grupo criminoso. Nas tratativas para o conserto do interfone, o suposto profissional disse que o entregador em questão precisaria levar uma “placa de sinal” da fabricante do equipamento, cujo valo seria R$ 47,99. A mão de obra custaria R$ 100.
A vítima concordou e, ao receber o entregador, por duas vezes, não conseguiu efetuar o pagamento com o uso do celular, por aproximação com a maquininha. Depois disso, o criminoso sugeriu o uso do cartão físico. O estudante assentiu.
“Eu peguei o cartão físico. Ele tentou na mesma maquininha. Assim que você inseria na maquininha, já aparecia ‘processando’, o que era muito estranho. Aí ele falou: ‘Vê com quem mandou essa placa’. Mandei mensagem no WhatsApp, e ele falou: ‘Tenta auxiliar o motoboy’. Nessa parte, não achei estranho. Só continuei”, descreveu o jovem.
Após o suposto erro na leitura do cartão de crédito, o motoboy disse que tinha outra maquininha e sugeriu cobrar por ela. Aí a vítima volta a estranhar a atitude do golpista, disfarça e fecha o portão, mas seguem na transação. Em seguida, ao encostar o celular, aparece a notificação da cobrança de R$ 2 mil.
“Ali, caiu a ficha de que era golpe. Naquela hora, não tinha o que fazer. Eu fiquei parado, mexendo no celular. Aí ele fala que estava processando. Eu acho que, para ele, tinha dado aprovado, mas, talvez, ele fosse tentar outro golpe ou estava se fazendo de louco. Tem uma hora, por vontade dele mesmo, ele colocou a maquininha um pouco mais para dentro e passou na frestinha. Nessa hora, ele fala: ‘Deu negada’. Aí eu puxei a maquininha e fui para trás, e ele saiu a mil, correndo. Subiu na moto e acelerou”, continuou o estudante.
Após pegar a maquininha, o rapaz, experiente na área do comércio por trabalhar numa loja de brinquedos, acessou o menu dela e conseguiu estornar todo o valor. Na sequência, entrou em contato com a operadora do equipamento e registrou um boletim de ocorrência.
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