O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (7) que o governo poderá “tomar atitudes mais drásticas” caso as medidas anunciadas para conter a alta dos preços dos alimentos não surtam efeito.
Durante um evento em Campo do Meio (MG), Lula destacou que o governo está buscando uma “solução pacífica” para combater a inflação dos alimentos, mas alertou que ações mais rigorosas poderão ser necessárias caso as iniciativas propostas não sejam eficazes.
“O preço do café está muito caro para o consumidor, o preço do ovo está caro, o preço do milho está caro, e nós estamos tentando encontrar uma solução. Queremos uma solução pacífica, sem nada. Mas, se não encontrarmos, vamos ter que tomar atitudes mais drásticas, porque o que interessa é levar comida barata para o prato do povo brasileiro”, disse o presidente.
Na quinta-feira (6), o governo anunciou um conjunto de medidas para tentar controlar a alta dos preços dos alimentos, uma situação que pressiona a inflação e impacta negativamente a popularidade do presidente Lula.
Entre as principais medidas estão a zeragem do imposto de importação sobre produtos como carne, café, açúcar, milho, óleo de cozinha e azeite.
Além disso, o governo anunciou estímulos à produção de alimentos da cesta básica por meio do Plano Safra e o fortalecimento de estoques reguladores.
Também foi planejada uma parceria com supermercadistas para divulgar os melhores preços e a implementação de uma licença sanitária de um ano que permita a comercialização de alguns produtos em todo o Brasil.
O governo também solicitará aos estados que reduzam o ICMS sobre a cesta básica. No entanto, ainda não foram detalhados os impactos dessas medidas na arrecadação pública.
Para que essas medidas entrem em vigor, elas precisam ser aprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), o que deve ocorrer nos próximos dias.
Infomoney
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