O Brasil marcou presença na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro de 2024, com a segunda maior delegação do evento. Composta por 1.914 pessoas, a comitiva brasileira ficou atrás apenas do Azerbaijão, país anfitrião, que registrou 2.229 participantes. Os números foram revelados por um levantamento do site especializado em análises climáticas Carbon Brief.
“O Brasil normalmente traz uma das maiores delegações e este ano não é uma exceção. Era provável que a delegação do Brasil seria grande ao considerar que eles vão sediar a COP30 no ano que vem”, apontou o relatório.
A COP29 reúne representantes de 195 países signatários do Acordo de Paris, com o objetivo de atualizar metas e discutir avanços no combate às mudanças climáticas. Segundo o Carbon Brief, o evento deste ano registrou cerca de 65.000 participantes, um número menor que os 83.000 da COP28, realizada em Dubai.
Embora as conferências climáticas sejam fundamentais para a formulação de políticas ambientais globais, elas enfrentam críticas sobre o impacto ambiental gerado pelo deslocamento de milhares de participantes, muitos deles viajando de avião. A questão é frequentemente levantada por ativistas, que apontam uma contradição entre a natureza do evento e a pegada de carbono associada às viagens.
Na COP27, realizada em 2022 no Egito, aproximadamente 400 jatinhos particulares pousaram no Cairo para o evento, gerando debates sobre a “hipocrisia climática”. À época, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi criticado por utilizar um avião executivo privado emprestado para comparecer à conferência.
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