Pelo menos seis pessoas foram mortas nesta quinta-feira (3), no horário local, no centro de Beirute, depois que o exército israelense disse que conduziu um ataque “preciso”. Quando questionados sobre o ataque, o exército remeteu à CNN uma declaração anterior.
O ataque aéreo atingiu um prédio que abrigava a Autoridade Islâmica de Saúde afiliada ao Hezbollah, disse um morador do bairro à CNN. A autoridade tinha um escritório em um andar do prédio no centro da capital do Líbano.
Ataques israelenses também foram relatados na Síria, que deixaram três pessoas mortas, e em Gaza, onde oito morreram.
Confira o que se sabe sobre o ataque:
Uma equipe da CNN no local ouviu três explosões fortes por volta das 23h40, no horário local e viu fumaça subindo acima do bairro de Dahiyeh, no sul de Beirute, um reduto do Hezbollah.
Isso ocorreu após os seguintes movimentos:
Forças israelenses e combatentes do Hezbollah se envolveram em combates no sul do Líbano, ambos confirmaram.
Enquanto Israel insiste que a operação terrestre “limitada” e “localizada” que lançou no Líbano na terça-feira (1º) não equivale a uma grande incursão, a situação no local parece sugerir que está se preparando para a possibilidade de expandir sua presença na região.
O exército do Líbano disse nesta quarta-feira (2) que uma força militar israelense violou a fronteira, chegando a 400 metros em território libanês antes de se retirar.
As Forças de Defesa de Israel enviaram ordens de retirada para 51 vilas no sul do Líbano, instruindo os moradores a se mudarem para o norte. A área sob ordens das IDF representa um quarto de todo o território libanês, com seus habitantes sendo empurrados para mais de 48 km ao norte de suas casas.
O que Israel disse
O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), Herzi Halevi, enviou uma mensagem sobre um possível ataque retaliatório ao Irã, alertando que Israel tem os meios para “atacar qualquer alvo no Oriente Médio”.
A IDF também anunciou a morte de oito soldados israelenses em combate no Líbano nesta quarta-feira (2). O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu enviou condolências às famílias dos soldados.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, persona non grata em Israel, efetivamente impedindo-o de entrar no país.
A decisão segue uma série de declarações de Guterres que, de acordo com Katz, refletem um preconceito contínuo contra Israel desde o início do conflito.
O que o Hezbollah disse
Após os ataques de mísseis do Irã contra Israel, o porta-voz do Hezbollah, Mohammad Afif, fez seus primeiros comentários públicos sobre os acontecimentos em meio aos escombros de um prédio atingido por um ataque aéreo israelense nos últimos dias.
“Para todos aqueles que duvidaram da posição do Irã após o martírio de Ismail Haniyeh até as últimas semanas foram atingidos na boca por uma grande pedra”, disse Afif em uma declaração.
Os ataques israelenses nas últimas semanas destruíram cerca de 50% do arsenal do Hezbollah, uma coleção de mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como foguetes, de acordo com autoridades seniores dos EUA e de Israel.
O Hezbollah reivindicou mais de duas dúzias de ataques nesta quarta-feira (2) que visaram principalmente tropas israelenses se acumulando na fronteira em preparação para uma invasão do sul do Líbano.
O que o Irã disse
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que, embora o Irã não busque guerra, ele dará uma “resposta mais forte” se Israel retaliar após o ataque com mísseis do Irã na terça-feira. “Não tivemos escolha a não ser responder. Se Israel quiser reagir, teremos uma resposta mais forte”, disse Pezeshkian.
Os países que ajudaram a bloquear mísseis visando Israel serão “responsáveis”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, nesta quarta-feira (2). A Jordânia, um aliado dos EUA, ajudou a interceptar projéteis disparados do Irã em direção a Israel na terça-feira.
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