Moradores de Copacabana dizem ter chegado ao limite e deram início a uma ação coordenada para “caçar” assaltantes que aterrorizam o bairro. O grupo é composto essencialmente por lutadores, sobretudo de Jiu-Jítsu, mas conta também com o apoio de não adeptos de artes marciais.
O sentimento de revolta atingiu o ápice após um idoso de 67 anos ser espancad0 e desmaiar ao tentar socorrer uma mulher cercada por ladrões. Imagens do hematoma no rosto do empresário Marcelo Bechimol correram toda a Zona Sul carioca nesta terça-feira (5/12) e motivaram o movimento justiceiro.
“Rondas” em busca de ladrões já começaram a ser feitas em Copacabana, e um encontro presencial marcado para sexta-feira (8/12) terá como objetivo expandir e definir a atuação do grupo, segmentando o “patrulhamento” por ruas.
Os justiceiros planejam flagrar assaltantes e agredi-los até que necessitem ser hospitalizados. Uma forma de “passar o recado” de que, agora, a polícia não será a única preocupação dos ladrões.
A coluna teve acesso a um dos grupos em que a caça aos assaltantes é planejada: “A parada é sentar o sarrafo no fim de semana. Quebrar uns 10, deixar hospitalizado, que aí dão um jeito de meter o Exército nos pontos de ônibus e para a bagunça. Tem que ser algo de volume”, escreveu um dos integrantes do movimento.
Em seguida, o próprio lembrou que a atuação não é respaldada por lei e pode gerar problemas ao grupo.
“Mas lembrem que hoje tem câmera para tudo o que é lado, e temos uma sociedade podre que defende esses bandidos”.
Ou seja: Copacabana tende ganhar ares de praça de guerra caso justiceiros e assaltantes fazendo arrastão fiquem frente à frente. Um triste símbolo da falência do poder público em pleno coração turístico do Brasil.
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