Por ordem judicial, o Twitter bloqueou, na última sexta-feira (30), o perfil do comentarista político da Jovem Pan Rodrigo Constantino. Em e-mail encaminhado a Constantino, o Twitter informou que a retenção “é objeto de ordem de remoção/bloqueio proferida no âmbito de um processo que corre em segredo de justiça”.
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O jornalista afirmou que, após contactar um advogado, ele teria lhe dito que não há nada o que fazer, porque “não tem número de processo, não tem inquérito, não tem nada”. “Isso é o Brasil de hoje. (…) Esse é o Brasil de Alexandre de Moraes, de uma ditadura togada”, reclamou.
Constantino classificou a ação como “censura” e “perseguição”. “O que eu chamo atenção é para os jornalistas, para os meus pares, que aplaudem isso ao lado de fascistas como Sleeping Giants e companhia. Essa turma está achando que esse nível de censura e perseguição vai ficar restrito a bolsonaristas”, apontou.
Na quinta-feira (29), o YouTube já havia desmonetizado o canal de Constantino. “Descobrimos que uma parte significativa do seu canal não está de acordo com nosso YouTube Políticas do programa de parceiros. A partir de hoje, seu canal não está qualificado para monetizar e você não terá acesso a ferramentas e recursos de monetização”, informou a plataforma em e-mail enviado ao jornalista.
Ao tomar conhecimento da censura imposta ao colega de profissão, Guilherme Fiuza, jornalista e escritor, autor de Meu nome não é Johnny, transformado em longa-metragem (maior bilheteria nacional de 2008, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de roteiro adaptado), fez uma publicação em defesa a Constantino e 3 dias depois teve sua conta no Twitter também bloqueada por decisão judicial.
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Senadores e deputados repudiam censura ordenada por Moraes contra Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo, da Jovem Pan e agora à Guilherme Fiúza da de revista Oeste.
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A censura aos comentaristas Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Fernando Conrado, por ordem judicial, levou muitos parlamentares e cidadãos a se manifestarem pelas redes sociais, constatando, segundo eles, a consolidação da ditadura e lamentando a falta de mecanismos de controle dos atos de ministros das cortes superiores.
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