O ex-presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (31), durante evento em São Paulo, que o “PSDB acabou”. O petista vinha ensaiando uma aproximação com os tucanos, em especial após a desistência do ex-governador João Doria (PSDB) da disputa presidencial.
“Uma vez teve um senador do PFL que disse que era preciso “acabar com essa desgraçada do PT”. O Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora quem acabou foi o PSDB. E o PT continua forte, crescendo, e continua o partido que conseguiu compor a maior frente de esquerda já feita neste país”, afirmou o ex-presidente.
A declaração de Lula vai de encontro a movimentações recentes de integrantes do PT, que após a desistência de Doria vinham buscando apoio de lideranças do PSDB para a candidatura do ex-presidente ainda no primeiro turno.
A fala do ex-presidente ocorreu durante o lançamento do livro “Querido Lula”, no teatro Tuca, em São Paulo. A obra reúne 46 cartas enviadas ao petista durante os 580 dias em que esteve preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Os documentos foram selecionados pela historiadora Maud Chirio.
Durante o discurso, que durou cerca de 40 minutos, Lula também fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que não adiantará ele “dar o golpe” caso perca as eleições.
“Não adianta o Bolsonaro dizer: “Ah, eu vou dar o golpe. Ah, só Deus me tira daqui. Ah, eu não vou dar a faixa”, afirmou Lula, que ainda disse que não será “derrotado pela fake news, Telegram e WhatsApp”.
O petista criticou ainda a forma como Bolsonaro tratou vítimas da Covid-19 e das chacinas causadas por forças de segurança. “Já viram Bolsonaro chorar por alguma morte da Covid? Viram o presidente chorar por alguma pessoa que morreu nesses acidentes e chacinas?”, questionou Lula, que atribuiu a violência policial no país à “ausência do Estado”.
Comentários