A taxa de desemprego no Brasil caiu para 10,5%, nível mais baixo atingido desde 2016 no trimestre até abril, num resultado melhor que o esperado diante de um nível recorde da população ocupada.
O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação aos 3 meses imediatamente anteriores e 4,3 pontos percentuais em 1 ano.
Trata-se da menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando foi de 8,1%, além de ser a leitura mais baixa desde os 10,3% registrados nos três meses encerrados em fevereiro de 2016, indicando que o mercado de trabalho segue em trajetória de recuperação apesar dos impactos da inflação na renda.
A pesquisa Pnad Contínua, divulgada nesta última terça-feira (31), mostra que a taxa de desemprego brasileira foi a 10,5% nos três meses até abril, de 11,2% no trimestre imediatamente anterior, encerrado em janeiro.
O dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 11,0%, depois de ter encerrado o primeiro trimestre em 11,1%.
A leitura ainda é a mais baixa desde os 10,3% registrados nos três meses encerrados em fevereiro de 2016, além ser a menor taxa para um trimestre até abril desde 2015, quando foi de 8,1%.
O mercado de trabalho vem gradualmente se recuperando, uma vez que a vacinação contra a Covid-19 permitiu a reabertura das empresas.
A queda da taxa se deveu ao aumento do número de pessoas ocupadas para 96,512 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. Isso representou aumento de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em janeiro, de 10,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O total de desempregados no país recuou 5,8% nos três meses até abril sobre o trimestre imediatamente anterior, somando 11,349 milhões de pessoas, o que representa ainda declínio de 25,3% ante o mesmo período de 2021.
“Essa queda está ligada a um processo contínuo de expansão da ocupação. A expansão da ocupação antes era concentrada em construção e tecnologia da informação, mas agora está mais espalhada”, disse Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
Segundo o IBGE, os aumentos da ocupação se deram nos grupamentos de Transporte, armazenagem e correio; Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; e Outros serviços. Os demais ficaram estáveis.
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