O Partido dos Trabalhadores (PT) prometeu pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com relação ao papel do Telegram nas eleições deste ano. Em declaração nesta segunda-feira, Gleisi Hoffmann, presidente do partido, disse que vai cobrar explicações sobre a plataforma de comunicação.
O Telegram tem sido alvo de contestações por autoridades brasileiras nos últimos meses. Em março, Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou bloquear o Telegram, alegando que o aplicativo de mensagens instantâneas “descumpriu decisão judicial” para a derrubada de perfis supostamente “disseminadores de fake news”. A decisão foi suspensa pelo ministro dois dias depois.
“Nós queremos conversar com TSE sobre o Telegram. Vai ter um escritório aqui? Tem representante? Vai ter regras? Ou vai ser terra de ninguém?”, afirmou Gleisi Hoffmann nesta segunda-feira, em evento com presidentes de partidos aliados, em São Paulo.
“Precisamos estar preparados e alertar a população que tudo que vem de Bolsonaro é mentira”, acrescentou.
O Telegram tem sido um espaço de reunião e mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro, em diversos grupos. Somente o canal oficial do atual presidente no aplicativo conta com mais de 1 milhão de inscritos.
Parceria com o TSE
Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral e o Telegram formalizaram uma parceria para o enfrentamento da desinformação.
Ao comemorar a medida, o TSE afirmou que é “o primeiro órgão eleitoral no mundo a assinar um acordo com a plataforma que envolve cooperação e ações concretas”.
A cooperação, que deve vigorar até 31 de dezembro de 2022, envolve a criação de um canal oficial do TSE na plataforma, para divulgar informações oficiais sobre as eleições, e o desenvolvimento de uma nova funcionalidade, para categorizar conteúdos não informativos.
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