É grave – e triste – a situação dos médicos cubanos que decidiram ficar no Brasil após o fim do Programa Mais Médicos, criado pelo governo Dilma. Na região do Marajó, há relatos de profissionais que passaram a vender bombons em praça pública ou que vivem da pesca. Em Belém, não raramente se encontra um profissional que deixou de exercer a medicina para trabalhar como Uber por falta de documentos. O governo cubano literalmente engavetou a documentação de que esses médicos precisariam para se legalizar no Brasil e mandou recado: caso retornem ao país de origem para tentar reaver diploma e histórico universitário, os profissionais serão automaticamente presos.
Sem direito à validação
No Pará, alguns desses profissionais conseguiram se inscrever no Programa Revalida, da Universidade do Estado (Uepa), com mandado judicial, já que não possuem os documentos necessários para a habilitação exigida por lei. O processo, que valida no Brasil diplomas de medicina emitidos por outros países, recebeu cerca de 850 inscrições de diferentes partes do território brasileiro. No caso dos médicos cubanos, o mandado não estende o direito à validação do diploma, o que torna a causa desses profissionais praticamente perdida, ainda que tenham conseguido se inscrever no processo.
O novo programa
Encerrado, basicamente, por pressão da Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, que entram com ação no Supremo tribunal federal, o programa Mais Médicos ficou de ser substituído pelo Médicos pelo Brasil, do governo Bolsonaro, que levou três anos para implementá-lo, supostamente por conta da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, o programa terá 1, 7 mil profissionais contratados, devendo chegar a 4,4 mil até o final do ano. Conforme o MS, as contratações serão feitas na modalidade CLT. São duas as principais diferenças entre os dois programas: a remuneração, que antes era uma bolsa de R$ 11 mil e agora pode chegar a um salário de até R$ 31 mil mensais, com benefícios; e a formação obrigatória dos profissionais selecionados, com registro no CRM.
Papo Reto
O diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira está em Belém para a inauguração no novo prédio da instituição, à Almirante Barroso com a Júlio Cezar.
Na volta a Brasília, deve levar ao presidente Jair Bolsonaro o recado da insatisfação dos policiais federais do Norte com relação à demora de pagamento de reajuste salarial.
O reformado Mercado de Santa Luzia, no final da Dom Pedro com Bernal do Couto, não tem mais nada de mercado. Só vende farinha, café, lanche e bijuterias. Não vende peixe, nem carne, nem frango. Que mercado é esse?
Decreto do governador Helder Barbalho publicado no Diário Oficial do Estado convoca mais de dez policiais da reserva remunerada da PM para servir diretamente ao governo por dois anos.
Na mesma edição, o DOE dá conta da viagem do secretário de Meio Ambiente, Mauro Ó de Almeida, e do adjunto, Raul Protásio Romão, escalados para acompanhar o governador a Davos, Suíça, de 21 a 28 deste mês, para o Fórum Econômico Mundial.
Nesse período, a Secretaria de Meio Ambiente ficará sob o comando do secretário-adjunto de Gestão e de Regularidade Ambiental, Rodolpho Zahluth Bastos.
Tem gente – que não é do Paysandu, nem pelos motivos aparentes – de olho no goleiro Vinícius, do Remo. Menos por ser (bom) goleiro e mais por ser vereador (de Belém) foram contar, em muitas páginas, ao MP, que o rapaz tem mais horas de voo do que de plenário. Ô, gente!
Embora, ano passado, tenha se registrado uma queda de 4,1% nas ocorrências de malária no País (139.211 casos), o governo federal lançou plano para erradicar a doença até 2035.
Graças à operação Limpa Pátio, os Correios registraram arrecadação recorde – R$ 52 milhões – com venda de veículos em desuso.