O Deputado Federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ), passou a noite desta terça-feira (29) e a madrugada de quarta-feira (30) em seu gabinete, na Câmara dos Deputados, em Brasília. A atitude foi tomada para evitar a abordagem da Polícia Federal para a colocação de tornozeleira eletrônica, como foi determinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
O ministro aceitou o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e determinou que Daniel deve fazer o uso da tornozeleira eletrônica e está proibido de visitar qualquer cidade do Brasil que não seja Petrópolis (sua cidade natal), e Brasília (local onde desempenha seus trabalhos legislativos).
Moraes autorizou nesta terça-feira (29) a Polícia Federal e a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal a cumprirem a decisão dentro da Câmara dos Deputados, se necessário. No entanto, Silveira disse em discurso no plenário que não aceitaria.
E foi por essa razão que o deputado passou a noite no seu gabinete, onde chegou carregando um travesseiro. Em seguida, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) chegou no local carregando um colchão.

Já nessa manhã de quarta-feira, um policial legislativo isolou o entorno do gabinete e pediu para a imprensa se afastar. Ele explicou que a medida era necessária porque “talvez podem precisar”, a depender “do que vai acontecer”.
Na segunda-feira, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informou que ainda não havia sido notificada oficialmente da decisão de Moraes. Já a Secretaria e a Polícia Federal não havia se posicionado na manhã de hoje.
Alexandre de Moraes, na última sexta-feira (26) determinou a aplicação de novas medidas restritivas ao deputado, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de participar de eventos públicos, atendendo a pedido da PGR.
Segundo a PGR, Silveira continua participando de eventos públicos para ameaçar a democracia, as instituições e ministros do STF, em especial Alexandre de Moraes.
Silveira foi preso em fevereiro de 2021 após divulgar um vídeo com críticas aos ministros do STF e ao inquérito que investiga fake news. À época, a Câmara decidiu manter a prisão do parlamentar, mas foi liberado em novembro do ano passado com a condição de não se comunicar com outros investigados e ficar fora das redes sociais.
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