Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, afirmou neste domingo (13) que forças russas “sequestraram” o prefeito da cidade de Dniprorudne, no sul do país, Yevhen Matveyev.
“Hoje, criminosos de guerra russos sequestraram outro prefeito ucraniano democraticamente eleito, em Dniprorudne. Obtendo zero apoio local, os invasores se voltam para o terror”, escreveu Kuleba no Twitter.
Mas Matveyev não foi o primeiro, na última sexta-feira, Iva Fiodorov, prefeito de Melitopol, foi levado por forças de segurança da Rússia. Horas antes do acontecido, ele teria chamado as tropas russas de “invasoras”. Imagens de câmeras de segurança, postadas nas redes sociais, mostram o momento em que ele é retirado do prédio da prefeitura com uma sacola na cabeça. De acordo com autoridades ucranianas, ele foi acusado de terrorismo.
“Obtendo zero apoio local, os invasores se voltam para o terror. Apelo a todos os Estados e organizações internacionais para que parem com o terror russo contra a Ucrânia e a democracia”, disse Dmytro.
Os sequestros foram condenados veementemente pelo chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell. “Trata-se de um novo ataque às instituições democráticas da Ucrânia e uma tentativa de estabelecer estruturas governamentais alternativas em um país soberano”, denunciou.
O sequestro do prefeito de Melitopol
Divulgado na sexta-feira, levou cerca de 2 mil pessoas a protestarem no sábado no lado de fora da prefeitura da cidade, que também fica no sul do país.
Ontem, o presidente da Ucrânia caracterizou a prisão de Fedorov como um “crime contra a democracia”, afirmando que ele foi capturado por ter se “recusado a cooperar com o inimigo”.
O promotor regional do território separatista de Luhansk, apoiado pela Rússia, alegou que o governante havia cometido crimes de terrorismo e estava sob investigação. Segundo a BBC, as forças russas instalaram um novo prefeito na cidade.
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