A Justiça Militar da União (JMU) condenou, por unanimidade, nessa terça-feira (15), o sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues por tráfico internacional de drogas. A pena foi de 14 anos e seis meses de reclusão.
Manoel já havia sido condenado a 6 anos e 1 dia de prisão e multa de 2 milhões de euros. Ele está preso há mais de dois anos em Sevilha, na Espanha, desde 2019, quando foi detido em flagrante com 39 quilos de cocaína em um dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que dava apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Rodrigues fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Tóquio, no Japão, onde participaria da reunião do G-20.
O militar foi julgado por integrantes do Conselho Permanente de Justiça, presidido pelo juiz federal Frederico Magno de Melo Veras e composto por mais um coronel e três capitães da Aeronáutica. Ele pode recorrer da decisão.
Relembre o caso:
Manoel estava em um avião que dava apoio à comitiva de Bolsonaro que fez escala em Sevilha, antes de seguir para o Japão, onde o presidente foi para participar da cúpula de líderes do G20. O avião presidencial também faria escala na mesma cidade espanhola, antes de ir ao destino, mas, após a prisão do oficial, seguiu para Portugal.
O militar chegou a ser apresentado em um tribunal local e colocado em detenção provisória. Na época do ocorrido, Bolsonaro disse nas redes sociais que havia determinado que o Ministério da Defesa colaborasse com as investigações da Polícia da Espanha.
À época, a reportagem do GLOBO apurou que o militar detido é 2º sargento da Aeronáutica e atua como comissário de voo, prestando serviço de bordo em aviões da FAB. De acordo com uma fonte, o sargento não estaria na tripulação da aeronave presidencial e sim do avião que fazia parte do “escalão avançado”, conhecido como SCAV. O que foi para a Espanha funciona como uma espécie de “reserva”.
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