Apesar de ter aprovado a aplicação da vacina contra a Covid-19, a Agência de Saúde da Suécia decidiu nesta quinta-feira (28), não recomendar a vacina para crianças de 5 a 11 anos, argumentando que os benefícios não superam os riscos.
Em um comunicado emitido, a agência defendeu que o benefício médico é pequeno e que a imunização não deve ter efeito importante na disseminação do vírus, nem entre crianças dessa idade nem em outros grupos da população. “As
crianças correm um risco significativamente menor de desenvolver formas graves de Covid em comparação aos adultos”, diz o texto. “Em geral, quanto mais jovem a criança, menor o risco.”
A decisão do país nórdico que abre exceção para crianças em grupos de alto risco pode ser revista no caso de pesquisas futuras indicarem a necessidade de vacinação ou se for detectada uma nova variante, afirmou Bjorkholm.
“Não pensamos que um grupo inteiro de crianças deva ser vacinado em nome da sociedade. Queremos um benefício claro para as próprias crianças e é por isso que não o recomendamos neste momento. A vacinação de um grupo tão grande é uma grande operação médica e, particularmente nas crianças, pensamos que a ética deve ser que deve haver um benefício claro para a criança individual”, prosseguiu.
Para reduzir a disseminação da variante Ômicron do coronavírus, o governo da Suécia estendeu as restrições por duas semanas nesta quinta-feira, 27, incluindo horários de funcionamento até as 23 horas para bares e restaurantes e limite de público de até 500 pessoas para locais fechados. O governo sueco disse que espera derrubar as medidas restritivas em 9 de fevereiro.
Atualmente, 101 pacientes com covid-19 se encontram internados em UTIs na Suécia, bem abaixo das mais de 400 internações diárias no primeiro semestre de 2021. No total, quase 16 mil pessoas morreram de covid-19 na Suécia desde o início da pandemia.
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