Pelo nono mês consecutivo, em outubro, o custo da alimentação básica continuou em alta no Pará, sendo uma das mais caras do Brasil. O estudo foi realizado pelo Dieese-PA e mostra que, das 17 capitais pesquisadas, 16 tiveram aumento no valor dos produtos.
Todos os itens básicos que estão na mesa do consumidor tiveram o preço elevado. Segundo o balanço, o destaque é o café, que somou 6,65% de aumento. Veja a alta dos itens a seguir:
- açúcar (+5,31%);
- tomate (+2,69%);
- leite e arroz, ambos com alta de 1,78%;
- feijão (+1,46%);
- manteiga (+1,32%);
- óleo de soja (+0,44%);
- farinha de mandioca (+0,42%);
- pão (+0,34%);
- banana (+0,28%),
- carne bovina (+0,16%).
O preço final da cesta básica tem comprometido mais da metade do salário mínimo atual, custando cerca de R$538, o que representa 53% do valor. Quando falamos de uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, esse valor sobe para R$1.615,32.
Somente este ano, contabilizando de janeiro a outubro, a população contou com um reajuste acumulado de 7,50% e nos últimos 12 meses, o acumulado foi de 15%, este percentual é bem maior do que a inflação estimada, que está em torno de 11% para o mesmo período.
Uma junção de fatores explica o constante crescimento no valor dos itens. Especialistas afirmam que o frete contribui para o impacto nos preços, uma vez que o combustível também tem sofrido diversas variáveis. Além disso, o Brasil é um grande exportador de grãos, o que gera escassez no mercado nacional e mais inflação.
“Como escasseou alguns produtos no mercado nacional, o preço elevou” – Valfredo Farias, economista.
Os resultados disso para a população se baseiam na perda de renda e no poder de compra ao longo do tempo. “Em uma situação dessa, a parcela das pessoas mais pobres começa a abrir mão de outras coisas por causa da alimentação, como educação, saúde, lazer…”, afirma Valfredo.
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