O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), fez duas doações ao PT na campanha eleitoral do ano passado para custear despesas. Foram duas contribuições: uma de R$ 200 mil e outra de R$ 660 mil, totalizando R$ 860 mil,
Segundo dados divulgados no TSE, o advogado, fez dois depósitos para a legenda em setembro. O primeiro, realizado no dia 23, foi de R$ 200 mil. O segundo, feito no dia 27, foi de R$ 660 mil.
Além do filho do ministro, Giovana de Paula Cedraz de Oliveira, nora de Aroldo Cedraz, doou outros R$ 200 mil para o PT em setembro de 2022.
De volta ao Brasil, depois do “exílio” forçado pela Operação E$quema S, Cedraz passou a advogar para os irmãos Joesley e Wesley Batista.
O advogado e filho do ministro já foi investigado na Lava Jato em 2017 por suspeita de receber propina para intermediar a contratação de uma empresa americana pela Petrobras e alvo de busca e apreensão em uma operação que investigava suposto esquema ilegal de tráfico de influência junto a entidades do Sistema S do Rio de Janeiro.
Tiago também respondeu a processo no próprio TCU depois de o dono da UTC Participações, Ricardo Pessoa, afirmar em delação premiada ter feito pagamentos mensais a Tiago para que ele repassasse informações do tribunal. O advogado teria recebido ainda R$ 1 milhão para atuar em um caso no TCU que, no final, beneficiou a UTC. As investigações contra ele foram arquivadas.
O ministro, pai de Tiago, foi deputado por quatro mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados. Ele foi indicado à vaga no TCU em 2007.
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