Um candidato a deputado estadual pelo Pará declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de quase meio bilhão de reais. Foram declarados R$448.447.364,52, sendo R$39 milhões em dinheiro vivo. O empresário Ailson Souto da Trindade (PP) já havia se candidatado a um cargo público antes quando declarou possuir apenas R$15 mil.
Em 2012, Ailson Souto se candidatou ao cargo de vereador pelo município de Porto de Moz, localizado a 416 quilômetros de Belém. Na época, ele recebeu apenas 135 votos e não conseguiu se eleger.
Ao detalhar seu patrimônio, o candidato declarou R$ 390 milhões em terrenos; R$ 39,5 milhões de dinheiro em espécie, em moeda estrangeira; R$ 9,8 milhões em jóias e objetos de arte; R$ 7,5 milhões em aplicação de renda fixa; R$ 1,8 milhão em bens móveis e R$ 64,49 em sua poupança.
Sobre a evolução patrimonial de Souto, a assessoria de imprensa do candidato informou que:
“Após a eleição de 2012, o candidato mudou completamente o seu ramo de atuação. Antes, empresário do ramo de eletrônicos, hoje, ele atua como empresário do setor imobiliário, especialmente na compra e venda de lotes de terra e construção de casas. Obteve sucesso a partir da exploração de atividades, o que propiciou a atuação de outro ramo empresarial como o ligado ao aluguel de aeronaves. É importante destacar que as empresas do candidato declaram imposto de renda de PJ, recolhendo a integralidade dos impostos devidos. Assim como o candidato pessoa física. Importante frisar que o candidato nunca ocupou cargo ou função pública, sendo o seu patrimônio totalmente proveniente do exercício de sua profissão acima explicada”.
O Tio Patinhas paraense é réu por estelionato na Justiça do Pará. A informação é da CNN Brasil.
A denúncia foi movida pelo MP do estado, e o processo tramita na Vara Única de Porto de Moz desde fevereiro deste ano.
Em nota, a assessoria de Ailson informa que ele não foi intimado ou notificado sobre o processo citado e que sua equipe jurídica acompanha de perto toda e qualquer situação por parte da candidatura. Explicam ainda que o candidato apresentou as competentes certidões criminais negativas à Justiça Eleitoral.
Comentários