Com mais de 6,6 mil casos confirmados, o governo dos Estados Unidos declarou na quinta-feira (4) a varíola dos macacos como emergência nacional de saúde pública. A medida tem o objetivo de dar uma resposta federal ao surto e acelerar a distribuição de uma vacina. “Estamos preparados para levar nossa resposta ao próximo nível”, afirmou a jornalista o secretário de Saúde dos EUA, Xavier Becerra.
O anúncio foi feito por Xavier em um pronunciamento a jornalistas.
Califórnia, Nova Iorque e Illinois já haviam declarado emergência estadual em decorrência do aumento de casos.
Na 3ª, o presidente norte-americano Joe Biden nomeou Robert Fenton, da Fema (Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA) como coordenador nacional de resposta à varíola dos macacos no país. Ele é responsável pelo combate à disseminação do vírus em escala federal e por aconselhar Biden a respeito do assunto.
No final de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma emergência de saúde global e o presidente da entidade chegou a sugerir que homossexuais reduzissem o número de parceiros sexuais.
Segundo dados da OMS, mais de 26 mil casos em 80 países já foram confirmados. Os EUA é o país com o maior número de casos, representando cerca de 23% das infecções. O país não tem histórico de manifestar periodicamente casos da varíola dos macacos, como é o caso da Nigéria e de Gana, ambos países africanos onde a doença é considerada endêmica.
A expectativa da declaração de emergência de saúde pública é o aumento da coordenação entre agências federais e da comunicação com estados e localidades e o desenvolvimento de novas estratégias pelo governo para distribuir vacinas e tratamentos, disse Robert Fenton, coordenador nacional de resposta à varíola da Casa Branca. Segundo Fenton, a capacidade de testes aumentou de 6 mil testes por semana para 80 mil. “Esperamos que os casos continuem a aumentar à medida que temos mais acesso aos testes”, disse Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle de Doenças (CDC).
Identificada pela primeira vez em macacos em 1958, a doença apresenta sintomas leves, incluindo febre, dores e lesões na pele cheias de pus, e as pessoas tendem a se recuperar num período de duas a quatro semanas, de acordo com a Saúde.
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