Assessores do Palácio do Planalto disseram ao Conexão Política nesta quarta-feira (29) que a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) se tornou ‘irreversível’ em meio a denúncias de assédio sexual envolvendo o executivo.
Como ele faz parte do conselho da instituição financeira, contudo, sua saída teria de ser via colegiado da Caixa ou por renúncia.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de pelo menos três reuniões na noite da última terça-feira (28) para decidir o futuro do presidente da Caixa, que está no posto desde janeiro de 2019.
Integrantes da campanha de Bolsonaro afirmam que, se forem comprovadas as denúncias de assédio contra o presidente da Caixa, ele deve deixar o posto.
Apesar da situação, integrantes da campanha à reeleição não acreditam que a suspeita possa afetar o projeto eleitoral de outubro, mas é consenso que uma atitude precisa ser tomada, sobretudo porque o chefe do Executivo enfrenta dificuldades entre o sexo feminino, conforme as mais recentes pesquisas eleitorais.
Dessa forma, a tendência é de que o próprio Guimarães peça para sair do cargo até que os fatos sejam apurados e esclarecidos. Bolsonaro, inclusive, já pediu à equipe econômica para buscar nomes de eventuais substitutos.
Revelada pelo portal Metrópoles, a acusação afirma que ao menos cinco funcionárias da Caixa dizem ter sido vítimas de assédio sexual por parte de Guimarães. Em um dos relatos, uma delas diz que uma pessoa ligada ao presidente do banco perguntou o que fariam “se o presidente” quisesse “transar com você?”
Segundo a denunciante, ele estava na piscina e “parecia um boto se exibindo”. Além disso, funcionárias recebiam chamados para ir no quarto de Guimarães, entre outros relatos.
Com isso, uma investigação foi aberta na Procuradoria da República no Distrito Federal, do Ministério Público Federal (MPF), e o caso tramita sob sigilo. O procedimento está em fase de oitiva de testemunhas e de potenciais vítimas.
Procurado por meio da assessoria de imprensa do banco, Guimarães ainda não se manifestou sobre o assunto. Em nota oficial, a Caixa informou que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas” pelo portal.
O presidente da Caixa é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL) no governo. Está no cargo por indicação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e ganhou a confiança do chefe do Executivo ao longo do mandato. Guimarães chegou a se colocar na disputa pela vaga de vice na chapa de Bolsonaro que disputará a reeleição neste ano.
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