O governador Helder Barbalho não bate prego sem estopa. Na última sexta, em Parauapebas, sudeste do Pará, durante visita às obras de uma escola cuja construção começou no governo Ana Júlia, passou solenemente pelos governos Jatene e segue até hoje, praticamente dez anos depois, sem conclusão, o governador se vestiu de evangélico e atacou, acredite, de música Gospel. No vale tudo eleitoral, importante é marcar presença – e nesse aspecto, convenhamos, HB é imbatível.
Recentemente, no mesmo município, o governador participou da inauguração de uma Usina da Paz, mas, diferente da inauguração de outras usinas, inclusive em Belém, a participação foi mais contida, provavelmente porque a Vale distribuiu outdoors na região chamando para si a paternidade da obra – a mineradora paga diretamente construção e equipamentos, mas só agora deu publicidade isso.
Na seara do concorrente
Em campanha política desde que se elegeu prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho já se exibiu de todos os modos e maneiras como governador: dançou brega e carimbó, participou de cultos evangélicos e, agora, soltou a voz acompanhando uma cantoria religiosa puxada por uma representante da congregação onde também transita, com mais propriedade, seu principal concorrente ao governo nas eleições de outubro, o senador e pastor Zequinha Marinho. Helder desafinou, mas cantou, conforme o plano, e ninguém deu bola para isso.
Detalhe: além da primeira dama, Daniela Barbalho, “puxada” pelo governador para participar do canto, diretores da Secretaria de Educação encarregados de dar um empurrãozinho para a finalização da obra e exorcizar o suposto “pé de burro” enterrado não se sabe por quem reagiram à cantoria do governador no melhor estilo evangélico – pareciam devotos fieis e uma Igreja que jamais frequentaram.
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