O que aconteceu com Juliana Marins
Juliana de Souza Pereira Marins era uma jovem publicitária de Niterói que viajava sozinha pela Ásia quando decidiu escalar o Monte Rinjani, vulcão de 3.726 m na ilha de Lombok, Indonésia. Na noite de 20 de junho, após sentir fadiga, ela pediu uma pausa e acabou caindo da trilha principal — despencando entre 300 e 600 metros abaixo — numa região conhecida pela precariedade das passagens e sinalização .
Buscas e resgate
Juliana foi avistada em vídeo por um drone operado por turistas, o que ajudou a localizar sua posição . As condições adversas — neblina densa, chuva, terreno escorregadio — impediram o resgate imediato, prolongando a operação por quatro dias até que sua equipe finalmente alcançou o local em 24 de junho .
Causa da morte
Laudo médico indicou morte por traumatismo contuso: fraturas graves, hemorragia extensa e falência de órgãos — o óbito ocorreu minutos após a queda, segundo autópsia realizada dias depois .
Sobre a chamada “Trilha da Morte”
O nome não é oficial, mas descreve bem a rota Pelawangan: escorregadia, estreita, com trechos sem corrimão, alta umidade e frequentes neblinas. Desde 2020, o vulcão registrou ao menos oito mortes e cerca de 180 acidentes com turistas . O trajeto exige equipamento adequado, experiência com altitude, guias locais e sério planejamento prévio.
Impacto no Brasil e repercussão
A morte de Juliana causou grande comoção no Brasil. O Itamaraty acompanhou o caso de perto, prestando apoio à família e coordenando o processo de repatriação do corpo, com auxílio da prefeitura de Niterói. O episódio também reacendeu o debate sobre a criação de um fundo público para custear a repatriação de brasileiros falecidos no exterior.
Conclusão
O caso de Juliana Marins serve de alerta sobre a importância de preparo físico, respeito ao terreno e atenção redobrada em trilhas de risco. Mesmo diante da beleza e desafio de vulcões como o Rinjani, a natureza exige humildade — e segurança.
Confira o vídeo:
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