Após meses de polêmicas e problemas judiciais, o Telegram assinou nessa sexta-feira (25), o termo de adesão ao programa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de combate às fake news nas eleições brasileiras. A iniciativa já conta com o apoio de plataformas como Twitter, Facebook e Google.
A primeira reunião sobre a medida havia sido realizada na quinta-feira (24), com presença do representante do Telegram no Brasil, Alan Campos Elias Thomaz. Foram discutidas formas de colaboração entre o mensageiro e o TSE para ajudar na efetuação de eleições legítimas e seguras em 2022 no país. Em seguida, Thomaz assinou o acordo em nome da plataforma.
O programa tem como foco ampliar a divulgação de informações oficiais sobre as eleições de outubro. Outras iniciativas incluem a exclusão de conteúdos manifestamente inverídicos, considerados nocivos ao curso normal do pleito.
A parceria tem viés administrativo e colaborativo e não passa por regulação ou sanção em caso de descumprimento. Também não envolve ‘compromissos financeiros’. A plataforma é quem vai decidir o quanto gastar no enfrentamento a conteúdos falsos.
“Com mais essa parceria, o TSE segue o objetivo e fim de garantir a democracia por meio de informação correta à população”, informou o tribunal.
O aplicativo mudou de postura após o quase bloqueio pelo STF
O Telegram havia sido uma das instituições originalmente procuradas pelo TSE para fazer parte do programa de enfrentamento à desinformação, mas o mensageiro originalmente não respondeu às solicitações.
Porém, a situação mudou na sexta-feira passada (18), quando o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do Telegram no Brasil. Segundo o magistrado, a plataforma estava demonstrando “total desprezo à Justiça brasileira”, pois deixou de atender a comandos judiciais de remoção de conteúdos, além de, naquele momento, não contar com representação legal no país.
Poucas horas após a decisão do ministro do STF se tornar pública, o CEO do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas à Corte, pedindo que o bloqueio da plataforma fosse adiado para que eles pudessem responder às solicitações judiciais.
Com isso, no último domingo (20), o Telegram anunciou o seu represente legal no Brasil, Alan Campos Elias Thomaz; e cumpriu as remoções de conteúdo pedidas pelo STF, fazendo assim com que a Corte revogasse a decisão de bloqueio do mensageiro no país.
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