Amigo e ex-colega de partido de Francisco Wanderley Luiz, o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC) afirmou que autor do atentado a bomba em Brasília era considerado uma pessoa “de bem” em Rio do Sul, sua cidade natal. O catarinense faleceu nesta quarta-feira (13/11), ao se explodir em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e promover uma outra explosão no seu carro, nas imediações do Congresso Nacional.
“Era um grande amigo, pessoa querida, de bem. Foi empresário da minha área, de eventos. A família é do bem em Rio do Sul. Ano passado encontrei ele no meu gabinete, fiquei feliz em recebê-lo. Ficamos batendo papo, trocamos boas lembranças de Rio do Sul. Mas ele me pareceu um pouco abalado. Aparentemente, tinha problema de saúde mental, emocionalmente abalado. Comentou sobre a separação com a mulher dele… Nós não tínhamos tanta intimidade pra ele falar da forma como falou”, disse Goetten à coluna.
O deputado cita que o colega frequentava o Congresso: “Soube agora, através da minha equipe, que em agosto deste ano ele passou no meu gabinete e ficou batendo papo com os funcionários. Não falei com ele. Não tinha nada que indicasse uma disposição para a violência. Lamento muito o ocorrido, por ele enquanto ser humano, e também porque poderia ferir outras pessoas. Lamento à sociedade como um todo, à Câmara… Ele acessava a Câmara muitas vezes. Lamento muito esse episódio”.
Conhecido como Tiü França, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em 2020, pelo PL, mesmo partido ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro se filiou em 2021. O autor do atentado publicou mensagens nas redes sociais, indicando que faria a ação. Nesta quinta (14/11), não haverá sessão no Congresso para uma vistoria, pois suspeita-se que França tenha entrado na sede do Legislativo antes das explosões na Praça dos Três Poderes.
Atentado no STF e no Congresso
Os ataques com explosivos começaram por volta das 19h30 desta quarta-feira (13/11). Primeiramente, com a notícia que um homem não identificado se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, houve explosão em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Um drone que caiu no Congresso também levantou o alerta das forças de segurança.
O ataque levou a uma evacuação dos ministros do Supremo. O perímetro da Praça dos Três Poderes foi isolado pela polícia devido ao risco de novas explosões e, em seguida, a Esplanada dos Ministérios foi fechada.
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