O presidente da França, Emmanuel Macron, se envolveu em mais uma polêmica nesta quarta-feira (5), após entrevista para o jornal francês “Le Parisien”.
“Para os não vacinados, quero muito irritá-los. E vamos continuar fazendo isso, até o fim. Essa é a estratégia”, disse o presidente.
Macron diz não querer mandar prender as pessoas que optaram por não se vacinar, mas já avisa, de antemão, que a partir do dia 15 de janeiro, eles deixarão de ter acesso aos restaurantes, bares, cafés, cinemas e teatros. “Você não poderá ir beber um café, não poderá ir mais ao teatro. Você não poderá ir mais ao cinema”, advertiu.
As falas de Emmanuel estão gerando grandes contestações por parte dos partidos políticos da oposição, que classificam o discurso do líder como prepotente e nada apropriado para um presidente, principalmente num momento em que o Parlamento francês debate uma possível legislação que, se aprovada, permite aos vacinados ter um passe de saúde, restringindo o acesso à maioria dos espaços públicos apenas com teste negativo.
Valérie Pécresse, dos Republicanos, uma das principais candidatas à presidência, se mostrou indignada com o fato do presidente ter acusado pessoas não vacinadas de não serem cidadãos.
“Você tem que aceitá-los como são, liderá-los, uni-los e não insultá-los”, disse, em declarações, ao CNews.
A França tem, neste momento, uma das taxas mais elevadas de vacinação contra a covid-19 da União Europeia, com mais de 90% da população adulta vacinada.
Comentários