A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que está iniciando uma investigação para verificar a conformidade do iPhone 12 com as regulamentações brasileiras em relação à radiação, após a autoridade de vigilância da França suspender as vendas do dispositivo na terça-feira (12) devido a testes que detectaram taxas de absorção específica (SAR) acima dos limites permitidos na Europa.
As autoridades francesas conduziram dois testes na última semana e encontraram taxas de SAR acima do limite europeu estabelecido em 2 Watts por quilo, que também é adotado pela agência brasileira. Todos os dispositivos passam por rigorosos testes antes de receberem permissão para venda.
Em um comunicado enviado ao jornal Folha, a Anatel declarou: “O assunto chegou ontem [quarta-feira (13)] ao nosso conhecimento. Estamos nos reunindo com organismos de certificação e laboratórios e organizando uma supervisão de mercado.”
A Apple, por sua vez, emitiu um comunicado à Reuters na quarta-feira, afirmando que o iPhone 12 foi certificado por várias agências internacionais como estando em conformidade com os padrões globais de radiação. A empresa contesta os resultados dos testes franceses e defende que o aparelho está de acordo com os padrões de taxas de absorção específica, que se aplicam a dispositivos que emitem frequências de rádio.
Vale destacar que o iPhone 12, lançado em 2020, foi documentado pela fabricante como gerando emissões na ordem de 1 Watt por quilo. No entanto, desde então, o dispositivo passou por atualizações de sistema operacional, o que pode potencialmente impactar o nível de emissões.
Vários países europeus, como Bélgica, Alemanha e Itália, estão monitorando de perto a ação regulatória da França, aumentando a possibilidade de mais proibições similares.
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