Elenilson Ramos Farias, conhecido como “Loirinho”, acusado de dirigir o veículo que deu suporte à ação criminosa que vitimou o empresário e professor Amintas José Pinheiro, de 62 anos, marido da deputado estadual e professora Nilse Pinheiro, assassinado a tiros, em fevereiro de 2020, foi preso nesta segunda-feira (07), em Belém.
Segundo informações, o acusado foi preso enquanto dirigia uma van particular que transportava a Delegação do Equador que veio participar da Cúpula da Amazônia. Ele estava respondendo o crime em regime aberto, mas, na última quinta-feira (03), a Justiça decidiu condená-lo há 22 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, porém, o acusado não se apresentou e foi dado como foragido da Justiça.
Relembre o caso
O professor e empresário Amintas José Quingosta Pinheiro, de 62 anos, foi assassinado a tiros no fim da noite de quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020. O educador era dono da Escola Superior Madre Celeste (Esmac) e marido da deputada estadual e professora Nilse Pinheiro. Amintas foi abordado por dois homens em uma motocicleta, na Avenida Centenário, perto do Conjunto Catalina, bairro do Mangueirão, em Belém.
O empresário havia acabado de deixar a Esmac e retornava para casa transportando aproximadamente R$ 15 mil no veículo que dirigia. Ele foi interceptado pelos criminosos em um semáforo, no sentido Ananindeua-Belém
Os criminosos efetuaram quatro disparos que atingiram o vidro do passageiro e o vidro principal. Amintas ainda conseguiu dirigir por cerca de 100 metros antes de parar, desfalecido. Ele foi socorrido e levado para um hospital particular de Belém, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no início da madrugada de quinta-feira (6).
De acordo com o então Delegado Geral da Polícia Civil do Pará, Alberto Teixeira, logo após o crime, a polícia realizou um levantamento do itinerário percorrido pelo empresário, desde a sua residência, de onde saiu, até o local onde foi morto, na avenida Centenário, por meio de câmeras em propriedades e também câmeras do Centro Integrado de Operações (Ciop).
Nas primeiras horas, mais de 30 pessoas foram ouvidas, entre testemunhas oculares e conhecidos da vítima. A partir dos depoimentos coletados, chegou-se à informação de que havia um veículo de apoio no momento em que o crime ocorreu, e que este veículo se colocou em frente ao carro do empresário para impedir que ele fugisse.
Dos oito réus denunciados, seis foram condenados: Antônio Silva Cordovil, o “Tonico”, acusado de ser o mandante do crime. Ele era companheiro da prima da vítima e tinha acesso a informações privilegiadas e, segundo informações, devia uma quantia alta em dinheiro à vítima; Anderson de Lima Pacheco, vulgo “Pelado”, apontado como executor da vítima; Amarildo Pereira, o “Maranhão”, acusado de participação direta na abordagem da vítima; Tiago Francisco Silva de Lima, apontado como piloto da fuga de um dos veículos; Elenilson Ramos Farias, o “Loirinho”, acusado de dirigir o veículo que deu suporte à ação criminosa, impedindo a fuga do empresário; e Lucas Araújo e Souza, o “Bulldog”, apontado como piloto de uma das motos que atuaram na fuga de Pelado.
Tonico que era companheiro de uma prima de Amintas, planejou meticulosamente o plano para roubá-lo e conhecia toda a rotina da vítima.
O plano foi executado pelo bando que utilizou um carro e motos para encurralar e executar o empresário, sem nenhuma chance de defesa. Alguma coisa deu errado e eles não conseguiram levar o dinheiro que o empresário transportava.
Max Santos Silva foi investigado por ser o dono do carro utilizado pelos criminosos para executar a vítima. No entanto, ele foi absolvido de todas as acusações. Já Jheime dos Santos Mercês, de acordo com a sentença, recebia informações do dia a dia da vítima e “coordenava toda a ação, mantendo contato telefônico com Tonico e Elenilson, condutor do veículo HB20”. Ele teve o processo suspenso por estar em local incerto e não sabido, mas continua com a prisão preventiva decretada.
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