O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que já foi alvo de operações da Polícia Federal em 2020 e 2021, quando foi investigado por suspeitas de irregularidades na compra de respiradores e no esquema de desvios de recursos da Saúde, foi apontado pelo jornalista Eduardo Gayer como possível vice de Lula em 2026.
Segundo a coluna, dois fatores têm indicado o cenário favorável ao filho do emblemático senador Jader Barbalho, preso por irregularidades da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em 2020; a escolha de Belém como sede da COP-30 e as sinalizações do atual vice de Lula,
Geraldo Alckmin (PSB), de que irá disputar o governo de São Paulo, conforme revelou a Coluna.
Rumores no meio político em Brasília consideram fortemente a hipótese de Alckmin ser candidato a governador de São Paulo, Estado que ele já comandou por quatro vezes.
A leitura é ter um candidato forte e ao centro para combater o “tarcisismo”, seja Tarcísio de Freitas (Republicanos) postulante à reeleição ou padrinho de outra figura.
Contudo, o vasto histórico de envolvimento e investigações por corrupção, que recaem sobre o filho de Jader Barbalho, podem ser um fator contrário a esse eventual cenário.
Em 2020, o ministro do STJ Francisco Falcão declarou que havia “robustos indícios da anuência e participação do chefe do Poder Executivo Estadual no esquema criminoso” que investigou fraudes em contratos na área da saúde que chegaram a R$ 1,2 bilhão no Pará.
Na operação em questão, batizada como SOS, foram investigados crimes como fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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Em junho do mesmo ano, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o bloqueio de R$ 25 milhões de Helder Barbalho e de outros sete investigados por suposta fraude na compra de R$ 50,4 milhões em respiradores no Pará no período da pandemia.
Em junho do mesmo ano, a PF fez buscas na casa de Helder Barbalho pela Operação Para Bellum que investigou as fraudes na compra de respiradores pulmonares. O contrato se deu por dispensa de licitação, em razão do período de calamidade pública causado pela pandemia.
Nas investigações foi descoberto que Helder negociou e tratou diretamente por WhatsApp a compra dos equipamentos com o lobista André Felipe, a quem chamava de “amigo”.
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As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas, e também no Palácio dos Despachos (sede do governo do Pará).
Os procuradores do MPF afirmam que “o governador do Estado do Pará tratava previamente com empresários e com o então chefe da Casa Civil sobre assuntos relacionados aos procedimentos licitatórios que, supostamente, seriam loteados, direcionados, fraudados, superfaturados, praticando prévio ajuste de condutas com integrantes do esquema criminoso e, possivelmente, exercendo função de liderança na organização criminosa.
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