Desde 2020, a população de Belém aguardava com grande expectativa pela tão necessária revitalização do Mercado de São Brás, um marco histórico e econômico da cidade. No entanto, a gestão municipal anterior sequer deu início ao projeto e a atual optou pelo distrato com a empresa que seria responsável pela reforma – iniciada somente agora, com dinheiro público e inúmeros transtornos gerados a centenas de comerciantes.
Com um prédio imponente datado de 1911, o mercado sempre desempenhou um papel importante na economia da capital paraense, abrigando diversos vendedores em seus 3.300 m² de área. É preciso dizer que o espaço do mercado nunca foi o ideal, seja para vendedores ou consumidores. Trata-se de um lugar inseguro, com aspecto sujo e com poucos atrativos para a população local e turistas que estejam de passagem pela cidade.
Também vale questionar o porquê de, somente após um ano e meio do início da atual gestão, a Prefeitura ter iniciado o projeto. Sem a parceria público-privada, se fez necessário conseguir um aporte financeiro (inicial) de R$ 50 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF).
Impactos econômicos e sociais:
O atraso na revitalização do Mercado de São Brás tem consequências significativas tanto para os comerciantes quanto para a economia local. Os permissionários que esperavam por um ambiente renovado e mais adequado para suas atividades a partir do fechamento provisório do local onde trabalhavam, agora enfrentam incertezas e operam em um espaço apertado, sob telhados feitos de material metálico e que esquentam consideravelmente devido ao clima quente da capital paraense.
Também é preciso dizer que, além disso, a demora na conclusão das obras impacta diretamente os empregos diretos e indiretos que seriam gerados, atrasando o desenvolvimento econômico da região.
Descaso com o patrimônio histórico:
O prédio do Mercado de São Brás possui valor histórico e cultural, representando uma época importante para a cidade de Belém. Ao permitir o atraso na revitalização e o estado de abandono do mercado, a prefeitura demonstra um descaso com a preservação do patrimônio histórico da região, perdendo a oportunidade de valorizar e promover a identidade local.
Assista o vídeo abaixo:
Comentários