O Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou novamente suas despesas em 2024, conforme aponta o relatório Justiça em Números 2025, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os gastos da Corte aumentaram 8,8% em relação a 2023, alcançando R$ 908,63 milhões.
Do total, R$ 352,84 milhões, quase 40%, foram classificados como “outras despesas correntes”, categoria que engloba diárias, passagens, indenizações, alimentação, saúde e auxílio-moradia, benefícios muitas vezes apontados como penduricalhos do Judiciário.
Diferentemente de outros ramos da Justiça, o STF não contabiliza esses gastos como despesas de pessoal. Assim, oficialmente, apenas R$ 513,49 milhões, o equivalente a 56,5% do total, aparecem nessa rubrica, cobrindo salários dos 11 ministros e cerca de 1,2 mil servidores lotados em Brasília.
Para efeito de comparação, os custos do STF em 2024 superaram o orçamento de sete ministérios do governo federal: Igualdade Racial, Mulheres, Turismo, Pesca e Aquicultura, Direitos Humanos e Cidadania e Esporte. O valor também é superior à dotação de aproximadamente um terço dos municípios do país.
Apesar do aumento das despesas, a produtividade cresceu em ritmo menor. O tribunal julgou 86.562 processos em 2024, alta de 6% frente aos 81.844 concluídos no ano anterior.
Comentários