Pesquisa recente da Quaest mostra que 72% dos brasileiros são contra o tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil. Mas 19% disseram apoiar a medida, que está prevista para entrar em vigor em 6 de agosto.
Nesta quarta-feira (30), os EUA reduziram o alcance da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros com uma lista de exceções com quase 700 itens que não serão taxados. Entretanto, as exportações de café e carne continuam ameaçadas.
Embora o apoio ao tarifaço seja minoritário em todos os grupos sociais analisados pela Quaest, há categorias que se destacam entre os favoráveis, de acordo com a análise dos números, por ser maior do que a das outras categorias, mesmo considerando a margem de erro.
Homens, eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e que se identificam como politicamente à direita são os que mais apoiam as taxas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, segundo a Quaest.
Gênero:
De acordo com o levantamento, divulgado em 16 de julho, 25% dos homens acham que Trump está certo ao impor o tarifaço ao Brasil por acreditar que há uma perseguição política a Bolsonaro. Entre as mulheres, 14% defendem a medida do presidente dos EUA. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos em ambos os gêneros.
Renda familiar:
Segundo a Quaest, 25% dos entrevistados que ganham mais de 5 salários mínimos são a favor da decisão de Trump. O apoio é maior do que os que ganham até 2 salários (15%), mas empata com os que ganham entre 2 e 5 salários mínimos (20%).
A margem de erro nesse perfil é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos entre os que ganham até 2 salários mínimos, 3, entre os que ganham de 2 a 5 salários e de 4 entre os que ganham mais de 5 salários mínimos.
O apoio também é observado entre aqueles que disseram ter votado em Jair Bolsonaro no 2º turno da eleição presidencial de 2022: 41% desses eleitores consideram Trump certo em taxar o Brasil.
Entre quem votou em Lula, 6% dão a mesma resposta. Outros 15% dos que votaram em branco, nulo ou que não votaram são favoráveis ao tarifaço.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para quem votou em Lula, 4 pontos entre quem votou em Bolsonaro e de 5 pontos para os que votaram branco, nulo ou não votaram.
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