O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou estar com a consciência tranquila após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 9. Bolsonaro é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por sua suposta liderança em uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado. Ele declarou que não se prepara para uma possível condenação: “Não tem porque me condenar. Estou com a consciência tranquila”.
Durante a pausa da sessão, Bolsonaro conversou com jornalistas e comentou sobre a situação de Cid, que o acusou de ter “enxugado” uma minuta golpista. O ex-presidente se esquivou de confrontar as declarações de Cid, afirmando: “Sem problemas com ele”. Ele também se referiu à medalha do pacificador que usou durante as sessões, justificando que a honraria foi concedida por ter salvo um colega militar.
Ironia sobre Violência Política
Bolsonaro fez uma observação irônica sobre a violência política, afirmando que apenas a direita sofre atentados. Ele mencionou o caso do candidato à Presidência da Colômbia, Miguel Uribe, que foi alvo de tiros durante um ato de campanha. “Já reparou que só a direita toma tiro e facada? Fala que a gente tem ódio. Eles também”, disse. Essa afirmação ignora incidentes notórios de violência contra políticos de esquerda, como o ataque à caravana de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018.
O ex-presidente também foi visto cumprimentando o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo, antes de deixar a sessão.
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